'Debate do aborto deve dar voz às mulheres', diz secretária de Direitos Humanos

by 24BRASILTVSept. 1, 2017, 9:50 p.m. 701

Flávia Piovesan foi uma das primeiras mulheres a ter posição de destaque no #Governo do presidente em exercício Michel Temer. Ela assumiu nesta terça-feira, 17, a Secretaria Nacional de Direitos Humanos, que englobou funções de Ministérios extintos pelo peemedebista que entrou no lugar da presidente afastada Dilma Rousseff. Professora de direito constitucional e de direitos humanos da PUC de São Paulo, ela teve como orientador de mestrado justamente #Michel Temer. Ele a chamou para o cargo de Secretária e ela aceitou. Diferente do Ministro da Saúde, Ricardo Barros, que disse que ouviria as igrejas para discutir a questão do abordo, Flávia revelou em uma entrevista publicada no UOL nesta quarta-feira, 18, que ouvirá as mulheres e que elas tem o direito de opinar sobre a questão, além de lembrar que o estado brasileiro é laico, ou seja, não tem uma religião. 

A Secretaria vai ter que responder Alexandre de Moraes, novo Ministro da Justiça e que foi secretário de segurança de São Paulo.

De acordo com ela, Alexandre é um grande defensor da constituição brasileira e também da ordem. Ele defendeu, por exemplo, que manifestações que fechem vias possam ser retiradas com força policial, argumentando que nenhum direito pode ser maior do que o outro. Atualmente, a maioria dos protestos no país já precisa ter comunicação às entidades públicas, que, do contrário, podem até processar as entidades que organizam as manifestações. 

Sobre a presidente Dilma Rousseff, ela revelou ter "profunda admiração", contestando, no entanto, que a líder política tenha sido alvo de um golpe no país. Na entrevista, ela ainda citou pensadores para justificar seus argumentos, dando sempre a abertura do debate aos temas polêmicos. A fala da Secretária já reverbera na internet, sendo elogiada pelas pessoas de vertente mais esquerda e criticadas por aqueles que são contra o aborto.

O tema é tão polêmico que diversos políticos se negam a debatê-lo com medo de perder votos. A questão, é claro, também é de saúde pública e precisa ser discutida pela sociedade. 

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