PIB brasileiro volta a crescer e dá sinais de recuperação da economia
O mês de setembro começou com boas notícias para a economia brasileira: o #IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou os dados referentes ao segundo trimestre de 2017, ou seja, de abril a junho. Os números indicam crescimento do #PIB (produto interno bruto) de 0,2% em comparação com o trimestre anterior. Os números também são positivos quando comparados ao mesmo período do ano anterior. O crescimento do PIB em comparação ao segundo trimestre de 2016 foi de 0,3%.
Apesar de modesta, o #Governo já comemora os novos números, que podem indicar que a economia brasileira pode, enfim, estar saindo da UTI após 3 anos de profunda recessão.
Para analistas, este pode ser o começo da recuperação que deve se estender até o fim de 2017.
Embora seja preciso cautela, os dados se mostram bastante positivos em comparação aos trimestres anteriores. O consumo das famílias, por exemplo, teve um bom crescimento: 1,4%. No mesmo período de anos anteriores (2015 e 2016), os números foram negativos. Ou seja, é a primeira vez nos últimos nove trimestres em que é registrado crescimento no consumo.
Este é um dos mais importantes índices para indicar a saúde da economia, pois corresponde a 65% do PIB. O IBGE aponta vários motivos para o aumento no consumo como a queda da inflação, a melhoria dos salários e queda na taxa de juros Selic.
Outros analisas da economia também apontam a liberação das contas inativas FGTS [VIDEO] e a diminuição no ritmo de demissões como responsáveis pela melhoria dos números no PIB.
Como resultado da combinação desses fatores, as famílias tiveram queda no endividamento que, por sua vez, deve levar à retomada do crédito.
Apesar das boas notícias, nem todos os setores da economia registraram crescimento no segundo trimestre de 2017. A indústria registrou queda de 0,5%. O mesmo pode ser dito sobre os investimentos, que caíram caíram 0,7%. Já agropecuária manteve-se estável, o que já era esperado após o período de safra recorde.
O destaque positivo, porém, fica por conta do setor de serviços que teve crescimento de 0,6% no último trimestre. Com isso, a expectativa é de que o segundo semestre tenha resultados ainda melhores para a economia. As previsões mais otimistas ainda dão conta de que, em 2018, o Brasil possa crescer cerca de 2%.
No entanto, o resultado final de todos esses números dependem de vários fatores. Economistas apontoam alguns vilões que podem atrapalhar o crescimento do país nos próximos meses. Um deles é a turbulência política. O desempenho negativo das contas públicas também pode atrapalhar o crescimento.
Apesar disso, a retomada da economia não deve sofrer uma parada brusca e inesperada daqui para frente. Eventos inesperados em relação ao governo e a incapacidade do presidente Michel Temer de aprovar medidas que geram receitas podem até atrapalhar a recuperação da economia, mas não barrá-la por completo, de acordo com Silvia Matos, coordenadora do boletim Macro do Ibre/FGV.