Dólar cai ainda mais e bate R$ 3,73 na expectativa de reformas
O mercado mantém a euforia com o resultado eleitoral do primeiro turno e a alta renovação do Congresso Nacional. O dólar segue em baixa nesta terça-feira, vendido a 3,73 reais, uma queda de 0,88% em relação ao pregão de segunda-feira. É o menor valor em mais de dois meses (desde 5 de agosto).
De acordo com relatório da Rico Investimentos, “o sentimento do mercado ainda é positivo e segue otimista quanto a possibilidade de que um candidato comprometido com reformas avance para a presidência”. Na noite de segunda-feira, Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT), que disputam o segundo turno, estiveram no Jornal Nacional.
“Bolsonaro enfatizou no discurso que pretende reduzir o número de ministérios e privatizar estatais, manter o programa Bolsa Família, buscar alianças com deputados ‘limpos’ de centro-direita e retirar apadrinhados políticos de ministérios e se aproximar de países desenvolvidos. Já Haddad mostrou que pretende conseguir apoio de Ciro, Boulos e Marina, além de destacar que vai adicionar temas como política sociais, relações exteriores e segurança, falando de ‘empoderamento’ da polícia”, afirma o relatório da Rico.
Para a corretora H.Commcor, é preciso ter cautela com o alívio trazido pela “onda Bolsonaro” no primeiro turno. “Embora Bolsonaro tenha uma realidade que o coloca muito próximo de ser o vitorioso no próximo dia 28, o mercado deve reagir a quaisquer sinalizações de um segundo turno ‘dividido’, o que acaba por alimentar expectativas com o Datafolha de amanhã.”
O Ibovespa, o principal indicador da B3, a bolsa paulista, segue com ligeira alta de 0,10% por volta das 11h30. No exterior, as principais bolsas asiáticas fecharam no vermelho, com maior aversão do investidor ao risco.
Entre os motivos que azedaram o mau humor global está a revisão de previsão de crescimento mundial pelo FMI, proveniente do longo período de guerra comercial entre China e EUA e enxugamento de liquidez dos bancos.