Preso por pedofilia é inocentado e acusa Magno Malta de tortura
O ex-cobrador de ônibus Luiz Alves de Lima, preso depois de ter sido acusado por Magno Malta de estuprar a própria filha de 2 anos, foi inocentado e agora denuncia o ex-senador por tortura.
A reportagem feita pelo jornal Século Diário, do Espírito Santo, revela todos os detalhes desse caso que aconteceu em 2009. O ex-cobrador diz ter sido usado politicamente como bode expiatório para dar notoriedade a Magno Malta. Na época, Malta presidia a CPI da Pedofilia e ganhou destaque na mídia por descobrir o caso e punir o ex-cobrador.
Ao jornal, o ex-cobrador conta que, durante os nove meses que passou no Centro de Detenção Provisória de Cariacica (CPDC), foi torturado até quase ser morto. Além de surras, ele foi submetido à asfixia com sacola, a choques elétricos no órgão genital e teve dentes arrancados com alicate.
Como consequência das torturas, Luiz ficou cego de um olho e perdeu a visão parcial do outro. Segundo ele, a tortura teve participação de delegados da Polícia Civil e era presidida pelo próprio senador Magno Malta.
O pastor evangélico Magno Malta, que perdeu a vaga no Senado nas eleições deste ano, tem histórico de pautas conservadoras e é cogitado no futuro Ministério da Família, do governo de Jair Bolsonaro (PSL). Seu nome também tem sido envolvido em especulações de adultério, o que teria incomodado seus eleitores evangélicos.