Sílvio Santos tentou bajular Bolsonaro com slogan nacionalista
MANAUS – Ontem eu cheguei em casa, tomei um banho, liguei a TV e dei de cara com o slogan histórico da época da ditadura militar. Não queria acreditar que aquilo de fato estava acontecendo. A gente nem precisa de muitas horas de leitura para entender quão prejudicial é trazer o passado para o que vivemos hoje.
Começou com um slogan bem mais sonoro: “America: love it or leave it”, nos EUA dos anos 50. Quem criou este “America: ame-a ou deixe-a” foi um radialista extremamente popular na época, Walter Winchell (1897-1972).
Por essas, o “love it or leave it” acabou conhecido mundialmente. E ganhou sua tradução para o português em 1973. Pressionado pela crise do petróleo, o governo Médici decidiu investir pesado em propaganda. Contratou publicitários que lhe apresentaram a frase como uma solução, ao mesmo tempo, nacionalista e clara para os opositores ao regime militar.
A ideia de bajulação não deu muito certo, os telespectadores não perdoaram e foi uma enxurrada de críticas contra o dono do SBT que voltou atrás e tirou do ar o slogan. Em nota oficial, emissora declara que ‘não se atentou que este bordão foi forte na época do regime militar’