Minha Primeira Menstruação Virou Um Pesadelo
★ Inscreva-se em ACONTECEU MESMO: http://bit.ly/2QAFI3k Esta é a Emma, e esta é a história mais constrangedora da vida dela. Muitas meninas vão se identificar, pois ela vai falar sobre a primeira menstruação. Hoje ela acha graça ao lembrar de tudo – mas, naquela época, tinha certeza absoluta de que sua vida tinha acabado. A Emma vem de uma família muito religiosa, e seus pais nunca foram bons em conversar sobre assuntos fisiológicos e afetivos. Sua mãe a ama, claro, mas parecia morrer de medo da hora em que precisasse conversar com a filha sobre menstruação, sexo (ela provavelmente sente calafrios só de pronunciar a palavra) e outras coisas do tipo. Emma chegou aos 11 anos tendo a certeza de que os bebês surgiam do nada e simplesmente se materializavam nas barrigas das mães. Ela nem se dava ao trabalho de pensar na puberdade ou nas mudanças que estavam acontecendo no corpo dela. Um dia, ela acordou pela manhã e foi ao banheiro, quando viu algumas manchas marrons estranhas LÁ EMBAIXO. Ela não tinha ideia do que aquilo poderia ser, então ficou muito assustada. A primeira coisa que passou por sua cabeça era que precisava pedir ajuda de seus pais. Mas a ideia de sair do banheiro, ir até sua mãe, tentar explicar o que tinha acontecido e dar nome às partes íntimas era demais pra ela. Pedir ajuda ao pai não era uma opção, e ela nem tinha irmãs para tirar suas dúvidas. Então, mesmo com medo, resolveu esperar – talvez aquilo desaparecesse com o tempo. Emma foi para a escola, mas não conseguiu se concentrar nos estudos. Ela só ouvia seu corpo e tentava entender quão grave era seu problema de saúde. Nem passou por sua cabeça pedir conselho para suas colegas – ainda era muito constrangedor mencionar de ONDE as manchas estavam vindo. Nas próximas duas vezes em que ela foi ao banheiro, viu outras manchas marrons. Mas como não estava sentindo nada, pensou que dava para esperar mais um pouco antes de entrar em pânico. À noite, veio a dor. Aquela dorzinha chata e constante que toda mulher conhece. Agora Emma sabia que era hora de entrar em pânico. Então criou coragem, abriu o navegador na Internet e procurou por “dor no estômago com sangramento”. Aos 11 anos, ela não era muito boa em anatomia, e tinha certeza de que o estômago ficava em qualquer lugar da barriga. Você já deve imaginar que úlcera foi a opção mais otimista que ela encontrou. Naquele momento Emma sabia que ia morrer, mas pedir ajuda ainda parecia muito vergonhoso. Aí, resolveu dormir e pensar nisso no dia seguinte, mas obviamente não conseguiu pregar os olhos a noite toda. No dia seguinte, ela foi pra escola nervosa e em pânico, pois naquela manhã tinha checado de novo e havia outras manchas na calcinha. Porém, o “problema de saúde” não tinha piorado, e ela acabou se distraindo durante as aulas. Até que, na aula de Matemática, sentiu algo molhado e correu para o banheiro. Lá, encontrou uma cachoeira de sangue. Emma quase desmaiou, suas mãos tremiam e ela começou a chorar histericamente. Tudo o que conseguiu fazer foi correr para a enfermaria da escola dizendo que estava sangrando, que tinha úlcera e que iria morrer. Àquela altura, Emma já não tinha mais vergonha de contar seu problema para os outros. A enfermeira ficou assustada. Mas depois, ao perguntar em detalhes o que a garota estava sentindo, ficou visivelmente aliviada. “Hmmm … acho que você não vai morrer. Você simplesmente está passando pela sua primeira menstruação”. Mens – o quê? “Menstruação, você não sabe o que é menstruação?” A enfermeira ficou surpresa com a ingenuidade da Emma, mas explicou pacientemente o que era aquilo e o que a menina deveria fazer, além de lhe dar alguns absorventes e explicar como usá-los. Obviamente, a notícia de que não iria morrer a deixou superfeliz. Mas quando já estava saindo da sala, a enfermeira perguntou se poderia conversar em particular com sua mãe. Depois de contar para a mãe que ela tinha menstruado pela primeira vez, e de vê-la morrer de vergonha disso, Emma deu o recado da enfermeira. Ela não tinha ideia do que elas iriam conversar – mas só estava feliz por ter voltado a ser saudável. Só muitos anos depois, quando sua mãe estava lhe falando sobre relações sexuais, e se sentindo muito desconfortável com aquilo, é que ela confessou que a enfermeira disse que conversar com os adolescentes sobre fisiologia era fundamental, e que tinha insistido para que a mãe superasse seu constrangimento e desse um jeito de explicar algumas coisas importantes para a filha. Emma é muito grata àquela enfermeira, pois hoje entende que não devemos sentir vergonha dos nossos corpos e que, se tivermos dúvidas, precisamos perguntar. E é bem melhor que os pais respondam a estas perguntas, em vez de outra pessoa que não nos conhece tão bem. Música por Epidemic Sound: https://www.epidemicsound.com