Vídeos mostram pânico do terremoto que matou centenas na fronteira Irã-Iraque
Imagens impressionantes registradas em vídeo revelam o desespero de multidões, quando tudo começou a sair do lugar por causa do #Terremoto de magnitude 7,3 graus na escala Richter que assolou, no domingo (12), a região na fronteira entre o Irã e o #Iraque.
O número de pessoas mortas já passa de 400 e os feridos somam mais de 7 mil, segundo dados atuais divulgados pelas autoridades locais.
O epicentro do tremor foi localizado a 32 km a sudoeste da cidade iraquiana de Halabja, que fica a cerca de 300 km a noroeste da capital, Bagdá.
O terror começou às 21h48, hora local, ou 16h18 no horário de Brasília, com o primeiro forte abalo.
Onze minutos depois, o chão tremeu de novo com um segundo terremoto de magnitude 5,3, desta vez a 45 km de Halabja, cidade com mais de 100 mil habitantes no Curdistão iraquiano. Tremores também foram sentidos em Israel, no Kuwait e na Turquia.
Vídeos registraram o desespero no momento em que tudo começou a sair do lugar levando pânico para multidões durante a noite. Em um dos registros, o som sinistro do balançar de lustres anuncia a desgraça que se abateria sobre a região.
Outro flagrante foi registrado pela câmera de uma loja. Nele, o pai sai correndo com o filho nos braços, ambos seguidos pela mãe também em fuga, assim que tudo começou a cair das prateleiras.
Em outro lugar, um grupo, desesperado, quebra uma vidraça a fim de conseguir escapar para o meio da rua.
A gritaria, o corre-corre e o empurra-empurra tomam conta de um shopping quando os consumidores percebem o desastre, como mostrou a televisão estrangeira.
Quando a população caminhou pelas ruas começou a se dar conta do tamanho da tragédia, que trouxe o caos, com mortes, destruição de casas, prédios e obras públicas.
O terremoto, que se deu em profundidade de 23,2 km, já é considerado o mais mortífero registrado em 2017.
Ao todo, cerca de 1,8 milhão de pessoas habitam um raio de 100 km de distância do epicentro, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU).
O maior número de mortes ocorreu na parte oriental do Irã, em Sarpol-e-Zahab, cidade que fica a 15 km da fronteira, e em outras áreas da Província de Kermanshah.
O fornecimento de água e energia elétrica foi interrompido. Prédios caíram. Parte da população precisou dormir em ruas e praças.
Segundo os primeiros levantamentos, cerca de 700 mil precisam de abrigos. Nas ruas, atingidos clamam por ajuda. [VIDEO]
No Iraque, em comparação, houve menos mortes e feridos, segundo informações da Cruz Vermelha à BBC. O tremor foi sentido nas cidades de Sulaimaniya, Irbil, Kirkuk e Basra e na capital Bagdá.
Uma grande operação de buscas está sendo realizada para tentar encontrar pessoas com vida que ficaram soterradas sob os escombros.
O Crescente Vermelho da Turquia, movimento humanitário internacional, anunciou que vai enviar ajuda às vítimas afetadas.
A lista de donativos inclui tendas, camas, cobertores e aquecedores. #Irã