Tribunal que vai julgar o destino de Lula revela em seus quadros um ex-petista
Um dos desembargadores federais aptos a fazer o julgamento do processo que envolve a propriedade do apartamento de luxo tríplex, localizado na praia de Astúrias, na cidade litorânea do Guarujá, no estado de São Paulo e que é atribuído ao ex-presidente da República Luiz Inácio #Lula da Silva, acabou acarretando grande polêmica, a partir do histórico de sua vida pública profissional. Rogerio Favreto, membro integrante do Tribunal Regional Federal da Quarta Região (TRF4), é extremamente crítico, em relação aos trabalhos desempenhados na primeira instância pelo juiz Sérgio Moro e pela força-tarefa de investigação da Operação Lava Jato.
Vale ressaltar que o juiz Sérgio Moro é o titular da décima terceira Vara Criminal da Justiça Federal de Curitiba, no estado do Paraná e o responsável pela condução dos trabalhos de investigação da força-tarefa da Operação #Lava Jato.
A operação sediada em Curitiba, é considerada a maior na história contemporânea do país, em se tratando do combate à corrupção e uma das maiores em todo o mundo.
O desembargador federal Rogerio Favreto acabou se tornando uma voz dissonante no Tribunal Regional Federal da Quarta Região. Ao contrário do posicionamento dos outros desembargadores, como por exemplo, o relator da Lava Jato no Tribunal de Segunda instância, denominado também como Corte de Apelação, João Pedro Gebran Neto, Favreto votou favoravelmente pela abertura de um processo disciplinar dirigido contra o juiz federal Sérgio Moro.
Favreto alega que o magistrado paranaense de primeira instância, teria se utilizado de "índole política" ao publicizar as gravações de áudios que envolveram os ex-presidentes Lula e Dilma Rousseff, em se tratando de telefonemas captados entre os dois petistas.
O desembargador federal Rogerio Favreto se tornou um forte crítico do juiz Sérgio Moro e da Operação Lava Jato, da Polícia Federal, principalmente, em se tratando dos trabalhos de investigação da força-tarefa que estão concentrados em Curitiba, sob comando do magistrado paranaense.
Entretanto, há um fator preponderante relacionado às manifestações dadas por Favreto, quase sempre muito crítico à Lava Jato. O desembargador federal é um ex-petista, pois já ocupou cargos na administração federal, durante mandato do ex-presidente Lula. Ele se filiou ao PT em dezembro de 1991 e depois de praticamente vinte anos, se desfiliou da sigla, antes que adentrasse à carreira de juiz. Porém, sua mãe e uma de suas irmãs foram filiadas à sigla petista. Durante o período em que 19 advogados entraram com pedido de abertura de processo disciplinar contra o juiz Sérgio Moro, ele foi o único desembargador, dentre um total de 14 magistrados que se posicionou favorável à medida. Favreto teria se manifestado ao afirmar que Moro teria se influenciado por fatores externos.
O juiz Sérgio Moro decidiu não comentar as afirmações do desembargador. Os integrantes da força-tarefa de investigação da Operação Lava Jato se manifestaram ao afirmar que embora não fossem comentar as declarações de Favreto, reconhecem a legitimidade de visões consideradas eventualmente divergentes, ainda que delas possam discordar.
#SérgioMoro